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Commit seguirá caminho da Comgás para crescer

No Cosan Day, executivos falam sobre foco da Compass na região Centro-Sul e ampliação da malha ferroviária da Rumo

FONTE: Valor Econômico

A Commit, que surgiu a partir do controle da Gaspetro pela Compass, está crescendo e deve seguir o caminho traçado pela Comgás na última década, afirmou Nelson Gomes, CEO da Compass, no Cosan Day. “A melhor distribuidora da Commit ainda é um pouco pior do que a Comgás em 2012, então temos muito para crescer.”

No segmento de distribuição, com Comgás e Commit, a intenção da Compass é focar no Centro-Sul do país e “eventualmente exercer o direito de preferência, quando e se houver privatização de distribuidoras” na área, segundo Gomes. A empresa está vendendo cinco distribuidoras no Nordeste.

Gomes destacou que a Compass terá mais um segmento neste ano, de “marketing & services”. A nova divisão terá um terminal no porto de Santos, a ser finalizado ainda em 2023. O objetivo é entregar GNL (gás natural liquefeito) também para clientes desconectados da linha da Compass, com fornecimento por caminhões. A empresa deve operar nesse segmento, batizado de GNL B2B, em 2025.

A nova divisão também vai cuidar da comercialização de biometano, que será oferecido misturado ao gás natural. O biometano virá da parceira Orizon, que tem um aterro em Paulínia (SP).

Beto Abreu, CEO da operadora ferroviária Rumo, afirmou no mesmo evento que a companhia começou os primeiros 34 km da extensão da ferrovia em Lucas do Rio Verde (MT) e deve iniciar outros 150 km em 2024. “Em 2026, já queremos operar no terminal de Campo Verde, 200 km acima de Rondonópolis”, disse. “Esse projeto transforma a competitividade do agronegócio brasileiro”.

Em Goiás, foi concluído em julho um último trecho da ferrovia entre Rio Verde e Anápolis, que vai permitir conectar São Paulo ao Maranhão, segundo Abreu. Esse trecho pertence à Malha Central, operada desde 2021 pela Rumo. A primeira travessia deve ocorrer neste mês. “É momento histórico da ferrovia que começou a ser construída em 1987”, disse.

Sobre a Malha Paulista, Abreu afirmou que a empresa tem 22% das obras entregues e está adimplente. “Não existe discussão de contrato com o governo, mas de um dos nove aditivos”, afirmou.

A concessão da Malha Sul, que tem mais da metade dos 13 mil quilômetros de ferrovias operados pela Rumo, vence em fevereiro de 2027, e a empresa está avaliando a renovação. Sobre a Malha Oeste, a Rumo tenta há dois anos devolver a concessão, o que Abreu espera conseguir até o fim de 2024.