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Envolvida em 55% dos projetos eólicos offshore no mundo a Ramboll vê o setor no Brasil como um pré-sal da energia

FONTE: PetroNotícias

singerRamboll, consultoria multinacional especializada em engenharia e projetos multidisciplinares um dos líderes mundiais em energia eólica offshore e está à frente de diversos projetos em estudo também no Brasil. A empresa está envolvida em mais de 55% de todos os projetos eólicos offshore em operação em todo o mundo. E este será o foco principal da participação da companhia na Brazil Windpower2023, o maior evento de energia eólica da América Latina, que que começa amanhã, no São Paulo Expo, em São Paulo (SP). Atuando em todos os principais mercados offshore, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, China, Alemanha, Dinamarca, Finlândia e mercados emergentes como Taiwan, Japão, Coréia, França e Polônia, a Ramboll já realizou análises e estudos de implantação de 20% dos parques offshore no Brasil, entre os 78 que estão em avaliação no IBAMA, para empresas como Total Eren, Voltalia e Grupo Shinzen.

Entre eles, está o complexo offshore Asa Branca, no Ceará, onde a  Ramboll é responsável pelo processo de gestão ambiental, e cuja capacidade de geração de seu primeiroeolicas módulo (de um total de 10 módulos), passou de 720 MW para 1.080 MW, enquanto o complexo todo terá 10 módulos iguais, totalizando 10.800 MW. Apenas o Asa Branca I, sozinho, terá o potencial de gerar 4 milhões de MWh/ano, com investimento aproximado de R$ 15 bilhões. Para Eugenio Singer, CEO da Ramboll no País, “Apenas em projetos eólicos offshore, o Brasil já tem quase 170 GW em análise para desenvolvimento, praticamente a mesma potência instalada combinada de geração de energia elétrica – hidro, termo, solar, eólica terrestre etc – existente no País em 2023. Este é o pré-sal da energia eólica, devido às vantagens como a escala de captação dos ventos muitas vezes superior à geração onshore e ao menor impacto ambiental.

eolica roporComo as turbinas eólicas offshore têm potência individual até três vezes maior do que as terrestres, isso torna possível gerar muito mais energia numa mesma área no mar que em terra. Além disso, o espaço marítimo é mais aberto e tem grande potencial de aproveitamento, com ventos mais constantes e, inclusive, com uma melhor distribuição dos parques. “É possível instalar as torres a uma distância de 1 a 2 quilômetros uma da outra.” Na avaliação do CEO da Ramboll no Brasil, o movimento em direção à geração offshore é irreversível. “A corrida atrás do pré-sal  eólico já começou. As empresas já estão realizando análises de localização e avaliações de impacto ambiental, mas é necessário o equacionamento do marco regulatório, e que se desenvolva a cadeia de suprimentos e a infraestrutura portuária.” Mas existem outros desafios até que a geração offshore se torne realidade, incluindo o desenvolvimento de uma cadeia forte de fornecedores e a criação da infraestrutura portuária. “Hoje apenas os portos de Pecém, no Ceará, de Suape, em Pernambuco, e do Açu, no Rio de Janeiro, têm capacidade para receber as pás de até 220 metros dos aerogeradores necessárias para os parques offshore“, ressalta Singer.