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IBP aponta para potencial produção de 240 mil barris de petróleo por dia em Sergipe

FONTE: PetroNotícias

O estado de Sergipe pode aumentar consideravelmente sua participação na produção nacional de hidrocarbonetos. Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) realizou um evento para apresentar as animadoras projeções para o estado, que está despontando  no setor energético brasileiro com a previsão de produção de grandes volumes de óleo e gás em 2028.

O diretor executivo de Exploração e Produção do IBP, Júlio Moreira,  ressaltou a grande quantidade de oferta energética prevista para o estado, com perspectiva de produção de 240 mil barris de petróleo por dia e 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia. “O alinhamento estratégico com Sergipe é fundamental para o país, pois o estado tem e terá uma participação importante no abastecimento dessa matriz energética com gás natural a ser produzido aqui na costa”, completou o executivo.

Os dados foram apresentados no Workshop “Diálogos de Energia”, realizado no início da semana na capital Aracaju. Diante das novas descobertas, Sergipe passa por um momento de desinvestimento da Petrobras em campos de águas rasas. A estatal passou então a concentrar seus investimentos em águas profundas e ultraprofundas no estado, que tem demonstrado grande diferencial competitivo ao longo dos anos, com alta produtividade e menores emissões de gases de efeito estufa.

Júlio Moreira, avaliou a relevância da futura produção sergipana: “As perspectivas para o estado são excelentes, com a descoberta de importantes reservas de gás natural, que vão propiciar o desenvolvimento industrial do estado à medida em que as reservas forem transportadas e trazidas para o continente”.

O gás natural terá um papel importante na transição energética, como destacou a diretora executiva de Gás Natural do IBP, Sylvie D’Apote, que apresentou o painel “O mercado de gás natural e a regulação no Brasil e o Programa Gás para Empregar“. De acordo com Sylvie, Sergipe já está no mapa do óleo e gás há muitos anos, mas com as novas descobertas em águas profundas, o estado dará um grande salto na produção.

Esse gás é importante porque tem várias características. A principal é que ele não é substancialmente associado ao petróleo. No pré-sal, por exemplo, o petróleo é associado ao gás. Já aqui, a situação se inverte, e o que se tem é o gás associado ao petróleo. Isso quer dizer que esse gás é mais flexível, pode acompanhar melhor a evolução da demanda, que é variável. Nosso país carece desse gás”, destacou Sylvie.

A diretora ressaltou ainda a perspectiva de preços diante desta realidade em Sergipe. “Além do estado ter várias fontes energéticas, possui também um terminal de regaseificação, que está conectado ao mundo e em breve estará conectado também à rede de transportes. Ter muitas fontes para escolher é positivo, pois cria competição e repercute no mercado com a modicidade de preço”, completou a diretora executiva de Gás Natural do IBP.