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Vale dá início a obras de eliminação de dique em Itabira (MG)

A área do reservatório do dique será aterrada e regularizada para a construção de canais de drenagem para evitar o acúmulo de água

FONTE: Valor Econômico

A Vale deu início esta semana às obras de descaracterização do Dique 1A, na mina Conceição, em Itabira (MG). A área do reservatório do dique será aterrada e regularizada para a construção de canais de drenagem para evitar o acúmulo de água.

O dique é uma estrutura interna do Sistema Conceição. Segundo a Vale, a estrutura não recebe mais rejeitos e tem Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva vigente.

A estrutura vai passar por obras de reconformação e o seu conteúdo será removido parcialmente. Para as obras, serão contratadas 150 pessoas e a previsão é que o trabalho seja concluído em 2024.

As obras, segundo a mineradora, serão feitas em área interna da empresa e não há moradoras na zona de autossalvamento, que é a região no entorno do dique com maior risco de ser afetada em caso de rompimento da estrutura.

Com essa obra, metade das 18 estruturas a montante da Vale que ainda serão eliminadas já tiveram as obras iniciadas. O método a montante é o mesmo usado para conter rejeitos das barragens de Fundão, em Mariana (MG), e da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). As duas estruturas se romperam, em 2015 e 2019, respectivamente.

Desde 2019, a Vale investiu em torno de R$ 5,8 bilhões na eliminação de estruturas a montante. Das 30 estruturas a montante que a mineradora possuía, sendo nove em Minas Gerais e três no Pará, 12 já foram eliminadas, ou 40% do total. A previsão é concluir as obras da 13ª unidade até o fim deste ano.

Em Itabira, metade das dez barragens a montante existentes foram eliminadas. Ainda este ano, o Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, também em Itabira, terá as obras de eliminação concluídas e será a 13ª barragem a montante a Vale eliminada no país e a sexta no município.

Ainda segundo a Vale, todas as suas barragens a montante estão inativas e são monitoradas permanentemente. As ações nessas estruturas são acompanhadas pelas assessorias técnicas independentes, que fazem parte dos Termos de Compromisso firmados com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, Fundação Estadual do Meio Ambiente e Estado de Minas Gerais.