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Ministro e Petrobras têm novo embate sobre preços e políticas para o gás
Silveira: está na hora de a Petrobras “queimar gordura”. Ministro reagiu às declarações do presidente da Petrobras – a empresa “não sonega gás natural”
FONTE: EPBR
Silveira: está na hora de a Petrobras “queimar gordura”. Ministro reagiu às declarações do presidente da Petrobras – a empresa “não sonega gás natural”.
Petrobras reduz preço da gasolina; em julho, sobem os impostos. Barril voltou aos US$ 75. E IEA não descarta novo choque de preços.
MDIC: Gás para Empregar não se limitará a fertilizantes. RS quer evitar fuga de gás argentino para o Mato Grosso do Sul
‘PAC’ de Lula 3 terá foco maior em infraestrutura social e ambiental. Novo modelo de concessões inclui eletrificação em rodovias. Brasil e Emirados Árabes Unidos vão colaborar em hidrogênio de baixo carbono.
Para ministro, está na hora de a Petrobras “queimar gordura”. Alexandre Silveira afirmou, em entrevista ao Valor, que, em meio à alta dos impostos, o momento pede que a estatal contribua “no limite da sua governança” para garantir valores mais baixos na bomba.
Reação. Ministro reagiu às declarações do presidente da Petrobras, que, ao defender os índices de reinjeção de gás offshore da companhia, disse que a empresa “não sonega gás natural”.
— Silveira acusa o comando da petroleira de negligência sobre o assunto. “Entre o sorriso do Jean Paul e o interesse dos brasileiros, fico com o interesse dos brasileiros”, completou.
Petrobras reduz preço da gasolina pela 2ª vez em um mês. Estatal corta em 13 centavos, nesta sexta (16/6), o preço do litro do combustível vendido às distribuidoras. Significa uma redução de 4,65%, para R$ 2,66 o litro. O preço do diesel não muda. (epbr)
Há um mês, a empresa já havia cortado em 40 centavos o valor do litro do derivado, na ocasião do anúncio da nova estratégia de precificação da companhia – que encerrou a “subordinação obrigatória ao preço de paridade de importação (PPI)”.
Em julho, sobem os impostos. Com o fim da validade da MP 1163, que reonerou parcialmente os combustíveis em março e instituiu a taxação temporária sobre as exportações de petróleo, a expectativa é que a tributação da gasolina volte para 69 centavos por litro. A cobrança foi suspensa em 2022, até fevereiro deste ano, e subiu parcialmente para 47 centavos por litro desde março.
Nesta quinta, barril voltou aos US$ 75. O Brent avançou 3,37%, a US$ 75,67, impulsionado por sinais de aquecimento da demanda chinesa, além do enfraquecimento do dólar e aumento na demanda de gasolina nos EUA.
No diesel, IEA não descarta novo choque de preços. Com o declínio do consumo de combustíveis fósseis a partir de 2026, no transporte, os refinadores podem precisar mudar o mix de seus produtos para atender às mudanças no perfil de demanda (como o crescimento da petroquímica).
— E aí “as tendências contrastantes entre os produtos significam que uma repetição do aperto de 2022 nos destilados médios não pode ser descartada”, cita. (epbr)
MDIC: Gás para Empregar não se limitará a fertilizantes. O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, afirmou que a priorização setorial no programa do governo para a oferta de gás ainda está em aberto.
“Não se limita apenas à ideia do fertilizante em si. Mas entender toda a demanda necessária que também atende à indústria, principalmente considerando o projeto de reindustrialização do país”, disse. (epbr)
RS quer evitar fuga de gás argentino para o MS. Em entrevista à agência epbr, o governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), diz que tem buscado o diálogo com o governo federal, para garantir que a importação do gás de Vaca Muerta, objeto de discussão entre Lula e Alberto Fernández, seja feita pelo Rio Grande do Sul. (epbr)
Garantir que o gás chegue pelo RS pode significar investimentos em infraestrutura de gás e produção de fertilizantes no estado, além de mais ICMS com a importação.
Shell: Negativa do Ibama sobre Foz desanima. O CEO da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, disse que a exploração de óleo e gás na Margem Equatorial é um dos debates mais importantes da política energética nacional. Ele acredita que a “conversa entre diferentes setores com a indústria e a sociedade é que vai levar a uma decisão”. (Valor)
‘PAC’ de Lula 3 terá foco maior em infraestrutura social e ambiental. Diretor de investimento do BNDES, Nelson Barbosa, disse que a agenda do novo plano de investimento será mais forte em concessões e PPPs que no passado, incluindo o setor de energias renováveis. (O Globo)
Novo modelo de concessões inclui eletrificação em rodovias. Ministério dos Transportes anuncia nova política de concessões de estradas e prevê, nos novos editais, incentivar inovações tecnológicas como implementação de pontos de recargas para veículos elétricos. (O Globo)
Brasil e Emirados Árabes Unidos vão colaborar em hidrogênio de baixo carbono, conversão de energia e tecnologias de descarbonização e biocombustíveis. É o que diz um memorando de entendimento assinado na quarta (14) pelos ministérios de Energia dos dois países. (epbr)
Um dos projetos destacados pelo ministro brasileiro Alexandre Silveira foi o de Descarbonização da Amazônia, que pretende substituir os geradores a diesel dos sistemas isolados por energia renovável.
Aço verde. Estudo do think tank de energia alemão Agora divulgado nesta quinta (15/6) afirma que é possível, tecnicamente, chegar a emissões líquidas zero na siderurgia ainda na década de 2040 e o segredo está no hidrogênio verde.
A descarbonização da indústria de aço abre ainda uma janela de oportunidade para exportadores de ferro se converterem em fornecedores de commodities verdes. O Brasil é um deles. (epbr)
COP30. No sábado (17/6), o presidente Lula (PT) participa da cerimônia de anúncio oficial da conferência climática da ONU de 2025 (COP30) em Belém (PA), onde assinará a ordem de serviço para início das obras do Porto Futuro II.
Nações ricas devem pagar. Para avançar no combate às mudanças climáticas, as nações ricas precisam reconquistar a confiança dos países em desenvolvimento, fornecendo mais financiamento para ajudá-los a alcançar suas metas de adoção de energia limpa, disse o chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol.
Negociações climáticas da ONU em Bonn terminaram na quinta, com países ricos desviando das discussões sobre financiamento. (Reuters)
P&D renovável em universidades. A TotalEnergies assinou, nesta semana, convênios com a Unicamp, USP e UFRJ para impulsionar projetos de eletrificação com foco em energias renováveis. O investimento total chega a R$ 134 milhões e abrange projetos de desenvolvimento e pesquisa relacionados a baterias, hidrogênio, usinas solares e eólicas offshore. (epbr)
Energia oceânica. A Coppe/UFRJ lançou nesta quinta-feira (15) o Centro Virtual de Soluções Tecnológicas de Baixo Carbono, que vai ligar empresas do setor de energia a laboratórios que atuam em soluções de baixo carbono e financiadores.
Um dos laboratórios que vão integrar o centro é o de Tecnologia Oceânica (LabOceano), que estuda o aproveitamento da energia das ondas, como a geração eólica offshore e da energia térmica dos oceanos, com aplicações para a indústria de petróleo offshore. (Agência Brasil)