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Eneva revela planos para o Hub Sergipe: gás para grandes clientes e leilões do setor elétrico

FONTE: Megawhat

A Eneva investiu e se transformou nos últimos cinco anos a partir da diversificação do seu portfólio de ativos, passando a oferecer novas soluções para geração de energia para o mercado regulado e até mesmo realizando a venda do gás diretamente para clientes industriais. Outro aspecto da expansão da empresa, em especial em 2022, foi estar presente em outras localidades, ampliando oportunidades de negócio e garantindo novas receitas. Da fonte fotovoltaica no sertão da Bahia, por meio do Complexo Solar Futura, à pioneira operação Azulão-Jaguatirica, que leva gás natural liquefeito em carretas por 1.100 km no meio da Amazônia para garantir a segurança energética de Roraima, a Eneva consolidou posição de destaque no setor, em especial nas Regiões Norte e Nordeste.

Outra área em que a companhia chegou recentemente foi Sergipe, estado com papel promissor no mercado de óleo e gás brasileiro, reforçando a importância no Nordeste em sua estratégia. A aquisição da Centrais Elétricas de Sergipe (Celse), que agora foi reconfigurado pela Eneva como Hub Sergipe, foi a maior da história da empresa. A incorporação de uma das maiores térmicas a gás da América Latina foi fundamental para a Eneva alcançar 6,3 GW de capacidade de geração de energia, entre projetos já em operação ou contratados.

O acordo de aquisição da Celse foi assinado em junho de 2022, o que incluiu a termelétrica a gás natural Porto de Sergipe (1,6 GW), e uma capacidade de expansão de 3,2 GW já licenciada, além do acesso a um terminal de gás natural liquefeito (GNL) de 21 milhões de m³ de capacidade de regaseificação, um excedente considerável frente ao consumo de até 6 milhões de m³ da térmica.

“Estamos falando de um terminal de GNL com capacidade adicional de 15 milhões de m³, o que é um volume bastante relevante. Temos um potencial grande para crescer o uso desse terminal, tanto em projetos de térmicas, quanto da comercialização do gás”, afirmou Marcelo Lopes, diretor de Comercialização, Marketing e Novos Negócios da Eneva.

É nessa capacidade de comercialização que a Eneva se concentrou ao estruturar o Hub Sergipe, com o objetivo de atender novos clientes a partir do segundo semestre de 2024. O prazo vem de um contrato assinado com a TAG para interligação do terminal de GNL à malha de gasodutos de transporte.

“O investimento no Hub Sergipe vai possibilitar o nosso acesso aos gasodutos de transporte, que, por sua vez, nos permitirão entregar gás natural em outros estados do país. Além disso, tendo acesso ao GNL, no futuro também vamos conseguir interiorizar esse gás via GNL de pequena escala, uma expertise que a Eneva já desenvolveu e permitiu novas frentes de negócio para a companhia”, completou Lopes.

A empresa tem trabalhado no desenvolvimento da inteligência para oferecer produtos customizados a grandes clientes de gás natural que serão alcançados pelo acesso à malha de gasodutos. Entre eles, podem figurar distribuidoras de gás natural, termelétricas e até, eventualmente, grandes indústrias com perfil de migração para o mercado livre, que poderão fazer a comercialização direta de gás natural com a Eneva.

Numa ponta, um time da companhia olha para o mercado internacional de GNL, buscando as melhores oportunidades. Na outra, a equipe comercial busca entender quais são as demandas dos clientes – especificação de produto, de contratos e flexibilidade. “A Eneva conecta essas duas pontas, com a compra de volumes significativos, um bom balanço, boa estrutura de crédito e inteligência de mercado para fazer essa gestão”, explicou o executivo.

*Conteúdo oferecido pela Eneva