.

IBP diz que sinergia com indústria de óleo e gás pode ser diferencial para eólicas offshore no Brasil

FONTE: PetroNotícias

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) publicou uma nota técnica na qual destaca as sinergias da fonte eólica offshore com o setor de óleo e gás no Brasil. A entidade considera que o vasto conhecimento da indústria petrolífera no ambiente offshore pode se configurar como uma importante forma de redução de custos e de aceleração da difusão das eólicas nesse ambiente, sobretudo com relação à construção e operação de ativos.

O IBP considera também que o setor de óleo e gás poderá trazer contribuições igualmente importantes envolvendo questões regulatórias e ambientais. “O processo de licenciamento ambiental das atividades de O&G, por exemplo, já atingiu elevado grau de maturidade no caso brasileiro e, em alguma medida, este processo deverá ter semelhanças com eólicas offshore”, avaliou o instituto.

Ainda a respeito da questão regulatória, o IBP afirma a que há a possibilidade de integração em temas que envolvem, por exemplo, o aprimoramento da regulação para descomissionamento de campos petrolíferos, abrindo espaço para avaliações voltadas para a reutilização de campos para a implantação das eólicas offshore.

O instituto cita ainda que um “estudo da Universidade de Robert Gordon, no Reino Unido, identificou que cerca de 90% da mão-de-obra da indústria de O&G teria capacidade média a alta de transferência de habilidades e conhecimentos para o setor de energias offshore, dadas as suas similaridades”A nota técnica pode ser lida na íntegra neste link.

Junto com a nota, o IBP publicou ainda um comunicado para reforçar a necessidade da criação de um arcabouço regulatório no segmento de eólicas offshore que possibilite o país avançar nesta área. Atualmente, o Congresso está conduzindo discussões para a construção de uma regulamentação da atividade, como o Projeto de Lei 576 de 2021, em tramitação na Câmara dos Deputados.

É importante ressaltar que o PL não configura nenhuma reserva de mercado. É preciso que o debate sobre o arcabouço regulatório seja levado adiante para que o país não perca as janelas de oportunidades para ampliar o desenvolvimento e a diversidade de fontes de energias renováveis mais limpas”, afirmou a entidade.