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CADE aprova aquisição da Oz Minerals pela BHP

Isto quer dizer que, do ponto de vista das autoridades brasileiras, não há qualquer oposição à transação

FONTE: Brasil Mineral

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), autorizou a aquisição, pela BHP, da totalidade das ações da OZ Minerals, empresa australiana listada na ASX, com operações no Brasil. Isto quer dizer que, do ponto de vista das autoridades brasileiras, não há qualquer oposição à transação. Os projetos da OZ Minerals no Brasil incluem: o depósito Santa Lúcia, de ouro e cobre, na região de Carajás, com perspectiva para produzir a uma escala de 1 milhão t/ano de minério, por um período de oito anos. O depósito está sendo negociado com Vale e BNDES, detentores dos direitos minerários; o projeto Pantera, de exploração de cobre e ouro a oeste de Pedra Branca, com potencial para se transformar em um hub de produção em Carajás; o projeto Gurupi, no estado do Maranhão, controlado pela CentroGold, considerado um dos maiores depósitos de ouro ainda não desenvolvidos no Brasil.

A aquisição da OZ Minerals pela BHP, aceita e recomendada, em novembro de 2022, pelo conselho da primeira, que considerou boa a oferta de US$ 28,25 por ação, o que daria um valor total de US$ 9,63 bilhões pela mineradora, depende ainda da aprovação pelos acionistas, em votação a ser realizada no início de abril. Mas há quem duvide da aprovação, tendo em vista que, desde o início das negociações, em agosto passado, o preço do cobre subiu de US$ 3,55/libra para US$ 4,27/libra.

Para a BHP, a transação é importante porque lhe permite acessar um expressivo portfólio de minerais — cobre e níquel — considerados para a transição energética, além de possibilitar que ela se instale na região da Província Mineral de Carajás, onde a Vale tem predomínio.