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BP Bunge certifica quatro usinas de etanol para exportar à Califórnia
Usinas Moema (SP), Ouroeste (SP), Santa Juliana (MG) e Tropical (GO) receberam selo CARB. Ao todo, já são 11 usinas com a certificação
FONTE: EPBR
BRASÍLIA — A joint venture BP Bunge Bioenergia, produtora de bioetanol e açúcar no Brasil, anunciou nesta segunda (16/1) que quatro das suas usinas receberam o selo da California Air Resources Board (CARB), exigido para a exportação aos Estados Unidos. Agora, a empresa poderá exportar o biocombustível à Califórnia.
A certificação foi conquistada pelas unidades de Moema (SP), Ouroeste (SP), Santa Juliana (MG) e Tropical (GO). Presente em cinco estados brasileiros — Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Tocantins e Mato Grosso do Sul –, a companhia tem 11 unidades certificadas.
As onze unidades agroindustriais possuem capacidade produtiva anual de 1,7 bilhão de litros de etanol, com a moagem de 32,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.
Para o diretor comercial e de originação da empresa, Ricardo Carvalho, o selo da CARB abre novas oportunidades de negócios.
“O mercado de combustíveis da Califórnia é muito exigente e tem uma legislação ambiental rigorosa. Essa certificação é o reconhecimento de um importante trabalho com foco em sustentabilidade que a BP Bunge vem desenvolvendo desde a sua criação”, declarou.
O hidratado, se comparado à gasolina, pode reduzir em até 90% a emissão de gases de efeito estufa (GEE), considerando o ciclo de vida.
A CARB, agência governamental da Califórnia, define normas próprias para o controle de poluição atmosférica. Sendo assim, possui uma metodologia para calcular a intensidade de carbono do etanol comercializado, ou seja, a emissão de GEE por litro de combustível até a chegada nos EUA.
ICMS favoreceu gasolina em 2022
Em 2022, a redução do ICMS contribuiu para o aumento de preços do etanol e resultou em queda de 15,7% nas vendas do biocombustível, em relação a 2021, favorecendo o consumo de gasolina.
A StoneX estimou um consumo total de hidratado de 15,13 milhões de m³, em 2022, representando queda de 0,7%.
Com a baixa na oferta, o álcool perdeu competitividade frente ao seu equivalente fóssil. Em razão disso, as indústrias sucroalcooleiras estão cobrando do governo a derrubada da MP 1157, que mantém a desoneração dos combustíveis.