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Equinor investirá R$ 8,5 milhões em P&D de biocombustível
Em parceria com o CNPEM, projeto visa contribuir para o refino de um hidrocarboneto de baixa emissão de carbono
FONTE: Brasil Energia
A Equinor e o o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) firmaram uma parceria para desenvolvimento de um projeto P&D com foco em hidrocarbonetos de baixa emissão de carbono. A proposta é contribuir para produção de bio-hidrocarbonetos, como diesel verde, a partir de resíduos agroflorestais.
O projeto é pioneiro da empresa norueguesa no Brasil e está alinhado com suas metas de redução de emissão do escopo 1. A pesquisa receberá um investimento de R$ 8,5 milhões da Equinor, além de de R$ 4,7 milhões da Embrapii e contrapartida econômica da Unidade Embrapii de Biotecnologia do CNPEM.
De acordo com a pesquisadora do CNPEM, Leticia Zanphorlin, o projeto visa o desenvolvimento de tecnologias disruptivas e de base biológica para a produção de bioprodutos a partir da biomassa vegetal. A equipe vai realizar atividades como compreensão dos mecanismos moleculares para a descarboxilação de ácidos graxos.
Além de ações voltadas para o avanço na aplicação para a produção microbiana de bio-hidrocarbonetos a partir de açúcares, que será obtido por meio de resíduos de agroflorestas. Os produtos são sistemas de produção agrícola no qual espécies florestais perenes são plantadas junto com cultivos agrícolas.
A expectativa é de que, na fase de desenvolvimento do projeto, testes sejam conduzidos em planta piloto para escalar a produção da energia renovável que terá como destino a ponta das operações da companhia de energia.
O projeto terá colaboração de pesquisadores brasileiros, do centro de pesquisas da Equinor na Noruega e da equipe de biotecnologia molecular no CNPEM. “Pesquisa e desenvolvimento são fundamentais para que possamos moldar o futuro da energia e a academia é parte fundamental nesse sentido”, afirmou a gerente de PD&I da Equinor Brasil, Andrea Achôa.
A empresa visa alcançar emissões zero de carbono em 2050 na escala global. Já em 2030, pretende dedicar metade dos investimentos para renováveis e soluções de baixo carbono.