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LD Celulose fecha 2022 produzindo 500 mil t./ano em MG
FONTE: Revista OE
Localizada em Indianópolis, no Triângulo Mineiro, a LD Celulose, joint venture da brasileira Dexco com a austríaca Lenzing, encerra o ano já operando em 100% da capacidade de 500 mil toneladas anuais de celulose solúvel. A fábrica deu início às operações dos equipamentos e ramp-up de sua produção em abril deste ano com um investimento de US$ 1,3 billhão.
A unidade está situada dentro de um reflorestamento de mais de 40 mil hectares de eucaliptos no Triângulo Mineiro. Essa área poderá chegar a 70 mil ha, volume suficiente para atender a demanda da fábrica, disse o executivo. Futuramente, um ganho marginal da ordem de 10% está previsto para a capacidade com desgargalamentos.
Toda produção da LD Celulose é adquirida pela Lenzing, em contrato de 25 anos, que visa o suprimento de suas fábricas na Europa. É utilizada na fabricação de fibras como TENCEL™, empregadas na produção de vestuário, e VEOCEL™, usada na fabricação de não-têxteis, como fraldas e máscaras faciais, além de outros tipos com aplicações específicas. Os lotes de celulose saem em trens, cuja ferrovia passa dentro da área da LD, e são embarcados em navios no Portocel, terminal portuário em Aracruz (ES).
“Já estamos produzindo nesse ritmo e a quase totalidade é de celulose solúvel premium”, disse o presidente da companhia, Antônio Joaquim de Oliveira em entrevista ao jornal Valor Econômico. O projeto foi desenhado para fazer 90% do tipo premium e 10% tipo B.
Na joint venture com a austríaca, a Dexco tem 49% de participação e a Lenzing os demais 51%. Na empresa florestal, que dá sustentação de matéria-prima à fábrica, as participações se invertem – 51% da Dexco.
Na divulgação dos resultados do terceiro trimestre, a companhia informou que a divisão ainda estava em estágio pré-operacional, mas realizou a venda de 45 mil toneladas de celulose solúvel entre julho e setembro. Informou ainda que o aporte industrial totalizou US$ 1,38 bilhão (R$ 7,3 bilhões), sendo R$ 623,6 milhões de desembolso financeiro da Dexco. A base florestal foi avaliada em R$ 487 milhões.