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Horizonte Minerals contrata estudo de viabilidade para 2º projeto de níquel e cobalto para o mercado de baterias
FONTE: Minérios & Minerales
A Horizonte Minerals anunciou a contratação da empresa Wood para fazer o estudo de viabilidade do Projeto Vermelho de Níquel e Cobalto, localizado no distrito minerário de Carajás (PA). Planejado para produzir 25.000 toneladas de níquel e 1.250 toneladas de cobalto por ano ao longo de 38 anos de vida útil da mina, o projeto é um recurso de alta qualidade, para ser um produtor de baixo custo para a indústria de baterias. A assinatura do contrato do Estudo de Viabilidade é um marco fundamental.
“O início do estudo é um passo importante para revelar o valor significativo do Vermelho. Há pouquíssimos recursos de níquel dessa escala e qualidade em um estágio avançado de desenvolvimento, deixando o Vermelho bem posicionado para capitalizar a crescente demanda por metais relevantes e sustentáveis”, destaca Jeremy Martin, CEO da Horizonte Minerals, informando, ainda, que a “área que possui infraestrutura bem desenvolvida e energia hidrelétrica”.
O projeto foi planejado para produzir níquel em forma intermediária ou refinada. A concessão do contrato do estudo de viabilidade do Vermelho é considerada pela empresa um “marco fundamental” no objetivo de chegar à produção de 60 mil toneladas de níquel por ano, após o início da construção, este ano, do Araguaia – projeto de ferroníquel que está dentro do cronograma para produzir o primeiro níquel no primeiro trimestre de 2024.
“O Araguaia e o Vermelho têm um depósito combinado de mais de quatro milhões de toneladas de níquel. Ao aproveitar as sinergias desses dois projetos de classe mundial, localizados a distância possível de ser percorrida de caminhão em uma jurisdição estável e pró-mineração, a Horizonte está bem posicionada para cumprir sua meta de crescimento de produzir 60.000 toneladas de níquel por ano, colocando a empresa entre os líderes globais na produção primária de níquel fora da Indonésia”, ressalta.
Outros contratos estão em fase final de assinatura e incluem trabalhos de teste piloto, mineração, hidrogeologia, hidrologia, infraestrutura e pacotes logísticos.
O Projeto Vermelho foi desenvolvido primeiramente pela Vale com o objetivo de se tornar sua principal operação de níquel-cobalto. Foi realizado um extenso trabalho no projeto nas etapas de escopo, estudo de pré-viabilidade e estudo de viabilidade, incluindo programas de sondagem e abertura de poços que totalizam 152.000 m, testes pilotos (batch and full-scale) e estudos detalhados de engenharia.
O projeto avançou para fase de estudo de viabilidade, com a Vale relatando uma decisão de construção em 2005. No entanto, no fim daquele ano, a Vale optou por suspender o projeto após aquisição da empresa canadense de níquel Inco. Em dezembro de 2017, Horizonte chegou a um acordo com a Vale para adquirir 100% do projeto avançado de cobalto de níquel. O recurso de cobalto deu à Horizonte exposição e acesso a um fluxo adicional de commodity, considerando o crescente mercado de metal para bateria e veículos elétricos.
A Horizonte realizou um estudo de pré-viabilidade (PFS), cujos resultados foram publicados no final de 2019, olhando para um cenário operacional menor com capex mais baixo. O estudo, realizado com foco na escala e estratégia escolhidas pela Horizonte e considerando os últimos avanços na tecnologia de beneficiamento, confirmou que o Vermelho é um projeto Classe 1, com grande recurso de alto teor, uma longa vida útil da mina e uma fonte de sulfato de níquel de baixo custo para a indústria de baterias.
De acordo com comunicado enviado pela Horizonte, Wood já realizou um bem-sucedido estudo de viabilidade do Vermelho para a Vale, entre os anos de 2003 a 2006, e possui um entendimento detalhado do projeto, permitindo alavancá-lo durante o processo de produção do estudo atualizado para a Horizonte.
Licenciamento ambiental
O licenciamento ambiental para o Projeto Vermelho está avançado. De acordo com informações passadas pela empresa, a Horizonte recebeu a Licença de Operação que permite as atuais atividades de pesquisa e sondagem na área e está próximo de concluir a avaliação de impacto ambiental e socioeconômico (também conhecida como EIA no Brasil) para o Projeto. O EIA/RIMA será complementado com estudos técnicos ambientais mais detalhados para apoiar o Estudo de Viabilidade. As concorrências para essas atividades foram concluídas e a concessão desses contratos de apoio ao estudo de viabilidade deverá ser feita em breve.
Com aportes totais de US$ 537 milhões, projeto Níquel Araguaia caminha para 20% das obras concluídas
O níquel é um metal crucial na transição para energia limpa e está mostrando um crescimento significativo de demanda futura. Além do projeto Vermelho, Horizonte Minerals está implantando o Projeto Araguaia, com objetivo de se transformar em um produtor de níquel de escala global.
As obras seguem em ritmo acelerado. Iniciada em 2022, a construção do maior investimento greenfield em níquel no Brasil deve encerrar o ano com mais de 16% das obras concluídas.
“Estamos satisfeitos com o progresso realizado no Araguaia, com o Projeto dentro do cronograma, seguindo a previsão de produção do primeiro níquel no primeiro trimestre de 2024”, afirmou Jeremy Martin, CEO da Horizonte Minerals, em novembro de 2022.
A Companhia Paranaense de Construção S.A. (“Copa”) trabalha na Terraplenagem e Engenharia Civil, atualmente com cerca de 41% e 4% concluídas, com obras focadas nas fundações do forno e do forno rotativo.
“Estamos avançando com as análises dos trabalhos de engenharia e estimativas de custos de uma segunda linha de produção no Araguaia, como opção de adicionar um conversor de parte da produção de ferro-níquel em níquel fosco, produto com alto potencial comercial para o mercado de baterias de carros elétricos, contribuindo para que o Projeto Níquel Araguaia se se torne um produtor de 29 mil toneladas de níquel por ano”, afirmou Martin.
No mês passado, o Projeto Araguaia Níquel foi aprovado como um Projeto de Minerais Estratégicos pelo Governo Federal brasileiro. Esta aprovação demonstra a ainda mais a importância global do níquel como um metal relavante, bem como a estratégia para o Brasil e garante que seja tratado com prioridade pelos vários órgãos governamentais envolvidos na construção e operação da mina, por meio do apoio de um comitê interministerial.