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Brasil pode instalar mais 2 mil PCHs e CGHs, afirma Abrapch
Segundo a presidente da Associação, Alessandra Torres de Carvalho, o aumento nos investimentos pode reduzir as tarifas e eliminar futuras bandeiras tarifárias
FONTE: Brasil Energia
O Brasil tem potencial para construir mais 2 mil PCHs e CGHs e alcançar uma capacidade de geração de 13.700 MW, de acordo com a Abrapch. Atualmente, o país opera cerca de 1 mil usinas e gera 5.560 MW de energia.
A região Sul concentra 407 empreendimentos, a maior quantidade do país, e apresenta potencial para construção de outros 828 projetos. Em seguida, o Sudeste tem 348 pequenas usinas e pode instalar outras 512; o Centro-Oeste conta com 182 pequenas hidrelétricas e potencial de 561; o Nordeste opera 50 PCHs ou CGHs e tem 114 locais aptos para instalação. Por fim, o Norte registra 59 usinas em operação, com potencial para outras 108.
Segundo a presidente da Associação, Alessandra Torres de Carvalho, o aumento nos investimentos em nas centrais hidrelétricas nos próximos anos pode reduzir as tarifas e eliminar futuras bandeiras tarifárias. Com isso, é possível diminuir a geração das termelétricas e aumentar a produção de energia limpa.
A Abrapch estima que o setor recebeu investimentos de R$ 7,9 bilhões nos últimos cinco anos, o que resultou na construção de 113 novos empreendimentos. Entre 2018 e 2022, entraram em operação 63 de pequenas usinas, com geração total de 799 MW; e 50 centrais geradoras hidrelétricas, com a geração de 103,31 MW de potência.
Somente com os incentivos da lei 14.182 de capitalização da Eletrobras, a Abrapch estima que seria possível aumentar em 30% o número de pequenas usinas e investir R$ 131 bilhões no setor. A norma condiciona o processo de desestatização da companhia à contratação de no mínimo 50% da demanda para PCHs até que seja atingida a marca de 2 mil MW.
Para a associação, este tipo de empreendimento pode garantir que mais nenhuma grande usina seja instalada em áreas sensíveis do país, como a Amazônia. “As estruturas das pequenas usinas protegem as margens dos rios contra a erosão e possibilitam o uso das águas para irrigação, piscicultura, abastecimento e lazer. A energia gerada por PCHs e CGHs é configurada como a mais limpa entre as outras fontes sustentáveis”, explicou a diretora de meio ambiente da Abrapch, Gleyse Gulin.