FONTE: Minérios & Minerales

A canadense Sigma Lithium pretende triplicar a produção de concentrado de lítio espodumênio no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Para isso, planeja investir R$ 600 milhões para antecipar em um ano a meta da empresa – que era dobrar a produção em 2024.

Até o momento, foram investidos R$ 1,2 bilhão na construção do complexo industrial nos municípios de Itinga e Araçuaí do Projeto Grota do Cirilo , onde o lítio bruto é extraído. A produção está prevista para começar no primeiro trimestre de 2023.

A planta fará o beneficiamento do mineral para torná-lo um insumo pré-químico com alto teor de pureza, tornando possível que o preço da tonelada seja multiplicado por 100 (de cerca de US$ 60 a tonelada, para um valor ao redor de US$ 6.000). A Sigma Lithium vai pagar royalties sobre o faturamento, sendo que 60% do valor arrecadado em impostos e CFEM ficará com dos municípios.

Para o primeiro ano de operação comercial, a empresa prevê a obtenção de 270 mil toneladas de concentrado de lítio. Com 28 áreas de concessão em reservas do Projeto Grota do Cirilo, a Sigma Lithium informou que já identificou dez áreas promissoras para a exploração de lítio e que fez novas pesquisas. Com isso, pretende anunciar, ainda este ano, o resultado da avaliação econômica preliminar de um projeto de expansão.

Na questão ambiental, a operação da Sigma tem decisões estratégicas voltadas à preservação. É abastecida por energia hidrelétrica – o beneficiamento do lítio implica em baixas emissões de carbono – e a água usada no processo, que vem do Rio Jequitinhonha, é tratada em uma estação interna de esgoto e 100% reciclada. Além disso, os rejeitos de lítio são acomodados pelo método de empilhamento a seco, o que retira a necessidade de construção de barragens.