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Conexão à rede é o principal desafio para início de operação de usinas FV

Dificuldades de prospecção de consumidores finais e de investidores também são obstáculos, aponta estudo da Greener

FONTE: Canal Solar

O mais novo estudo estratégico publicado pela Greener apontou que a falta de conexão à rede é o principal desafio de quem trabalha com o desenvolvimento de projetos de GD (geração distribuída) remota no setor de energia solar no Brasil.

No estudo, a empresa de consultoria perguntou para os desenvolvedores brasileiros que atuam na modalidade qual seria a maior dificuldade encontrada por eles em seus negócios e quase metade respondeu: falta de conexão à rede (48%).

As dificuldades de prospecção de consumidores finais e de investidores (22%) e os financiamentos de projetos (7%) aparecem logo atrás, respectivamente. O restante dos entrevistados citaram outras objeções (11%) ou sequer elencaram quais seriam as maiores dificuldades (11%). 

“Os projetos de GD remota normalmente são de porte maior e de maior complexidade, o que traz desafios maiores para aprovação do projeto por parte da distribuidora, afetando cronograma dos empreendimentos e muitas vezes a viabilidade dos projetos”, explica Luiza Bertazzoli, coordenadora de inteligência de mercado da Greener.

O estudo estratégico da empresa de consultoria ainda identificou que 27% das empresas que atuam no segmento de GD, também já estão desenvolvendo projetos no segmento de usinas de GC (geração centralizada), ante 58% que não estão. O restante dos entrevistados (15%) preferiu não se manifestar sobre o assunto.

Desafios apontados no desenvolvimento de projetos FV. Foto: Greener

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Outro ponto de destaque mencionado pelo estudo e que chama a atenção é o fato da GD remota nos modelos de negocio de locação para autoconsumo remoto e para geração compartilhada poderem demandar a construção de pelo menos 3,9 GW de usinas solares até 2024, com investimentos superiores a R$15 bilhões em projetos.

“Esse valor é baseado na informação dos principais players que tem recursos disponíveis superior a R$ 15 bilhões para investir em GD remota no Brasil. Por outro lado, há um descasamento entre oferta e demanda de projetos: apesar dos recursos, o desafio dos estruturadores é de atrair projetos com níveis adequados de maturidade. Inclusive, a Greener está mapeando esses projetos (greenfields) para auxiliar o mercado a viabilizar esses investimentos”, ressaltou Luiza.