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Grupo marroquino OCP fará fábrica no Maranhão

A OCP detém 70% das reservas globais de fósforo e os produtos serão fabricados com rocha fosfática importada do Marrocos

FONTE: Brasil Mineral

O grupo marroquino OCP anunciou que irá abrir uma fábrica para processamento de subprodutos fosfatados em São Luís (MA). “Ter uma fábrica no Brasil seria muito valioso”, disse o presidente e CEO da OCP, Mostafa Terrab. O executivo afirmou que a OCP está pronta para priorizar o mercado brasileiro.

O presidente da OCP Fertilizantes no Brasil, Olavio Takenaka, disse à Agência Notícias Brasil-Árabe (ANBA) que será a primeira fábrica da empresa no Brasil e que os produtos seriam fabricados com rocha fosfática importada do Marrocos. “O projeto está em andamento. Já temos o terreno, a seis quilômetros do Porto de Itaqui”, disse. Segundo ele, o projeto de engenharia está em fase final para aprovação pelas autoridades. “Também estamos planejando uma planta de fosfato dicálcico para alimentação animal”, disse Takenaka. O produto é utilizado como insumo e fonte de fósforo na alimentação animal. A pecuária brasileira, que se estende do Centro-Oeste ao Norte do país, ao lado da agropecuária nacional, foi citada como motivação para a implantação do projeto pelo executivo.

O ministro da Agricultura, Marcos Montes, esteve no Marrocos para garantir que não falte fertilizantes no mercado brasileiro. A OCP já é um fornecedor de destaque para o Brasil, com sede e operações no País. O CEO da OCP estava ansioso para expandir os negócios com o Brasil. “Estamos prontos para priorizar o mercado brasileiro”, disse à delegação.

A OCP detém 70% das reservas globais de fósforo e a empresa iniciou suas operações em 1920, quando a produção era focada exclusivamente na produção de fosfato de rocha. Atualmente, a OCP produz desde ácido fosfórico até fertilizantes como MAP, TSP, DAP, NP, NPK, nutrientes para ração animal, entre outros produtos.

Mostafa Terrab conversou com o ministro brasileiro sobre a responsabilidade de ter uma das maiores reservas de fosfato do mundo e disponibilizá-la para a comunidade internacional. O ministro Marcos Montes disse ao executivo que o Brasil também tem uma tremenda responsabilidade global, referindo-se ao papel do país na segurança alimentar.