TotalEnergies tem 9GW em eólicas offshore projetadas para o Brasil
FONTE: EPBR
A TotalEnergies, uma maiores produtoras ocidentais de petróleo e gás, está desenvolvendo 9 GW de capacidade de geração eólica offshore na costa do Brasil. São três parques distribuidores no Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Se junta às gigantes Equinor e Shell, também do segmento de óleo e gás, mas com estratégias de transição energética e aumento do portfólio de energias renováveis.
A potência total está distribuída nos parques Sopros do Ceará, Sopros do RJ e Sopros do RS, cada um com 200 aerogeradores de 15 MW, totalizando 3 GW de potência instalada.
A TotalEnergies está envolvida em um portfólio de 6 GW em eólicas offshore no exterior, sendo um terço dessa potência em parques com aerogeradores flutuantes — o segmento começou com torres de fundo fixo. São negócios no Reino Unido, Coreia do Sul, Taiwan e França, sede da companhia.
E está habilitada para participar de leilões de áreas nos EUA, Reino Unido, França, Dinamarca e Noruega.
Há duas semanas, a TotalEnergies anunciou que vai disputar áreas offshore em consórcio com a Iberdrola e Norsk Havvind, que podem render mais 4,5 GW na costa da Noruega.
A geração eólica no mar, geralmente com ventos mais fortes e constantes, é uma das apostas do setor de energia para assegurar capacidade para produção de hidrogênio verde, combustível e insumo industrial que pode ajudar a solucionar a descarbonização global do transporte.
Entenda: eólicas offshore no Brasil
- O interesse por eólicas offshore no Brasil disparou de dois anos para cá e empresas nacionais e estrangeiras demonstram que a fonte, antes algo distante no planejamento energético, é agora uma alternativa promissora para mercados futuros de baixo carbono.
- O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou um decreto para regulamentar a contratação das áreas.
- O Congresso Nacional também discute o tema — o PL 576/21 é o principal e foi proposto por Jean Paul Prates (PT/RN) e é relatado pelo líder do PL, Carlos Portinho (RJ), no Senado, que falou à agência epbr o que pensa sobre o marco legal.
- A geração eólica ocorre apenas em terra no Brasil, com mais de 21 GW em operação e outros 13,5 GW outorgados, totalizando 34 GW, menos de um terço da potência em licenciamento no mar.
Este mês, a Shell Brasil deu início ao licenciamento ambiental no Ibama de seis projetos de geração de energia eólica offshore no Brasil, que somam mais de 17 GW de potência.
Com isso, a Shell se torna a empresa com maior capacidade em licenciamento no Brasil, ultrapassando a Ventos do Atlântico que soma 15 GW, em cinco projetos. Para se ter uma ideia, a soma de toda capacidade eólica onshore no Brasil hoje é de 21 GW.