FONTE: Brasil Energia

A Karoon está perto de ingressar no campo de Atlanta, localizado na Bacia de Santos. Segundo apuração do PetróleoHoje, a petroleira australiana e a Enauta concluíram a negociação de farm-in do ativo, que vinha sendo sendo discutida há cerca de seis meses.

Oficialmente, as duas empresas seguem mantendo o negócio sob sigilo, sem revelar os detalhes da operação, sobretudo o valor da operação. O negócio ainda não foi assinado, mas deve ser formalizado em breve.

A Karoon opera no Brasil o campo de Baúna, também localizado na Bacia de Santos e adquirido no programa de desinvestimentos da Petrobras, mantendo outros ativos na região. A produção do campo soma cerca de 13 mil bpd.

A conclusão da operação garantirá um parceiro à Enauta. A petroleira brasileira vem desenvolvendo o campo de Atlanta sozinha, mantendo até o momento 100% de participação.

A operação de farm-out da Enauta em Atlanta foi coordenada pelo Banco Itaú. As primeiras negociações com a  Karoon foram direcionadas à participação de 30%.

O grupo Harbour também disputou o processo, sendo selecionado junto com a Enauta na fase de propostas não-vinculantes. Não há confirmação se as negociações com o grupo também avançaram.

As ofertas da Karoon e do Harbour não estariam concorrendo entre si. A Enauta previa, na ocasião, a possibilidade da venda de um percentual de até 60%, desde que assegurada a sua posição de operadora do projeto e a participação de pelo menos 40% no ativo.

As propostas não-firmes de Atlanta foram recebidas em agosto de 2021. Os dois grupos fizeram due diligence ao ativo e, em novembro do ano passado, entregaram as ofertas firmes.

O processo de farm-out de Atlanta foi divulgado ao mercado em junho de 2021. A Enauta possui 100% de participação no ativo desde o final de 2020, quando a Barra Energia deixou o campo.

No passado, o consórcio chegou a contar com um terceiro sócio, a extinta OGX.

O campo de Atlanta opera, atualmente, através do sistema produção antecipada, interligado ao FPSO Petrojarl I. A Enauta está implantando o sistema definitivo de produção do ativo, que demandará investimentos totais de cerca de US$ 1,2 bilhão e entrar em operação em julho de 2024

Projetado para produzir 50 mil bpd, o projeto contará com oito poços, sendo seis na primeira fase (três novos e três remanejados do SPA) e dois novos na segunda etapa, ficando interligado ao FPSO Atlanta. A unidade está sendo convertida pela Yinson no estaleiro Dry Docks, em Dubai, desde meados de março.