Novo presidente e investimentos de 105 mi de euros

FONTE: Brasil Mineral

O executivo mineiro Wagner Mariano Sampaio assumiu, este mês, o cargo de Presidente da RHI Magnesita para a América do Sul. Ele construiu boa parte de sua carreira na antiga Magnesita, além de reunir experiências bem-sucedidas em empresas dos setores metalúrgico, de refratários e hospitalar.

Formado em Engenharia Metalúrgica pela UFMG, ele será responsável por conduzir a RHI Magnesita em um momento estratégico de aprofundamento do processo de regionalização, com um modelo que busca um melhor equilíbrio entre as funções globais e regionais da organização.

“Os clientes da RHI Magnesita querem que estejamos mais próximos. A regionalização unirá o melhor de dois mundos: a excelência de uma empresa global, líder de mercado, com a proximidade de uma companhia local, que fala a língua do cliente”, explica o novo presidente.

Ele acrescenta que, em cenários voláteis, cada vez mais frequentes, “é fundamental que a companhia seja ágil nos processos de tomada de decisão e tenha alto poder de adaptação”. A regionalização vai proporcionar essas características, dando, inclusive, mais autonomia às unidades regionais.

“Esse modelo organizacional já foi testado com sucesso em duas operações da RHI Magnesita: Índia e China. Agora, a América do Sul, América do Norte e Europa também passarão a operar sob essa perspectiva”, completa o executivo.

O novo presidente regional destaca que a RHI Magnesita sempre trabalhou em uma estrutura matricial, em que as funções globais estão alinhadas com as equipes regionais, colaboração que continuará a ser executada dessa forma. “Não estamos fazendo uma reestruturação, pelo contrário, a regionalização representa o amadurecimento da nossa estrutura corporativa”, explica Wagner.

Investimentos de 105 milhões de euros 

Wagner Sampaio conduzirá o maior investimento da história da RHI Magnesita, que ocorre no Brasil. São € 105 milhões divididos entre o Projeto Hexa Contagem (MG), que receberá € 55 milhões, e o Projeto Hexa Brumado (BA), destino de outros € 50 milhões.

Em Contagem, os valores estão sendo aplicados na ampliação e modernização da fábrica. Com a melhoria da eficiência e automatização de processos, projeta-se um crescimento de no mínimo 14% na capacidade produtiva, que atende setores como siderurgia, cimento, vidro e cal.

Em Brumado está em construção um novo forno rotativo de alta tecnologia. O equipamento dará maior competitividade à RHI Magnesita na produção de matéria-prima, além de prolongar vida útil da mina baiana dos atuais 47 para 120 anos.

“Nosso objetivo é concluir essas obras até o final de 2022. O parque industrial de Contagem apoiará a operação de outros países. Estamos adotando padrões da Indústria 4.0, reduzindo a complexidade da planta por meio da melhoria de fluxos, eliminando perdas e elevando a qualidade de produção. Em Brumado, os investimentos desenvolverão um novo portfólio de matérias-primas. Com a implantação do novo forno rotativo, a expectativa é de que a produção avance 30%”, explica o executivo.

Ele também vai liderar os esforços da companhia para redução das emissões de CO² das operações. A RHI Magnesita planeja investir € 50 milhões em pesquisa tecnológica e construção de plantas piloto até 2025. A meta global da companhia é reduzir em 15% as emissões nesse prazo, tendo como ano de comparação 2018.

Os esforços de redução de emissões concentram ações vinculadas à reciclagem; captura e uso de carbono; mudança das fontes de combustível; ganho de eficiência energética; e desenvolvimento de soluções inovadoras para os clientes.

Em 2021 a RHI Magnesita captou 42 mil toneladas de resíduos de refratários para reciclagem, salto de 120% na comparação com 2020. O resultado equivale a 39,25% do volume de resíduos de refratários gerados no país anualmente, o que representa um recorde para a companhia. A meta global da empresa é chegar a 2025 com 10% da produção sendo feita a partir da reciclagem.