Polo GasLub, em Itaboraí, começa a receber gás natural do pré-sal e representa a retomada do antigo Comperj, cujas obras foram paralisadas por denúncias de corrupção e deu prejuízo de R$ 28,3 bilhões para o bolso dos brasileiros

FONTE: CPG

Petrobras inicia testes operacionais no Gaslub, etapa importante para entrada em operação, ainda este ano, da UPGN, e representando a retomada e o saneamento do antigo Comperj, que deu prejuízo bilionário para a sociedade brasileira

Boas notícias para o Rio de Janeiro, a Petrobras informou ontem (31/01) em fato relevante, que o Polo GasLub, em Itaboraí, começou a receber gás natural do pré-sal. Momento representa uma etapa importante para entrada em operação da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), ainda este ano.

O início dos testes operacionais do Polo GasLub, em Itaboraí, no estado do Rio de Janeiro, contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, acompanhados do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro; do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; e do prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli, dentre outras autoridades.

Petrobras inicia testes no GasLub, cujas obras iniciaram em 2006 e foram paralisadas em meio às denúncias de corrupção

De acordo com o comunicado da Petrobras, a unidade começará a receber, ainda este ano, gás natural do pré-sal, etapa importante para a entrada em operação da Unidade de Processamento de Gás natural (UPGN). É um marco simbólico, pois representa a retomada e o saneamento do antigo Comperj, cujas obras e promessas iniciaram-se em 2006 e representaram prejuízo de R$ 28,3 bilhões para a sociedade brasileira.

Após as obras terem sido paralisadas em meio às denúncias de corrupção, começaram na manhã de ontem (31/1), os testes da Petrobras para o início da primeira operação sustentada por investimentos íntegros e responsáveis. Com o início dos testes, o Polo GasLub passou a receber gás natural não processado (gás rico), proveniente do Terminal de Cabiúnas.

Vale ressaltar que, quando a UPGN estiver em operação, além do gás do pré-sal da Bacia de Santos, receberá gás também dos demais ativos que utilizam o Sistema Integrado de Escoamento (SIE), via Projeto Integrado Rota 3 (PIR3).

“Mais que um conjunto de instalações e de unidades de processamento, estamos tratando de um projeto multipropósito de grande valor estratégico para o Brasil, que contribuirá para uma maior segurança energética nacional”, afirmou o presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna. “O gás natural que chega a Itaboraí nos faz vislumbrar um cenário promissor para a atração de petroquímicas, siderúrgicas, usinas de fertilizantes, fábricas de vidro e cerâmica, entre diversas outras indústrias, que conformarão o ora sonhado Complexo Industrial do GasLub”.

UPGN terá capacidade para escoar e processar 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural provenientes do polo pré-sal da Bacia de Santos

Para quem não sabe a entrada de gás natural no Polo GasLub ocorre através do gasoduto Guapimirim-Comperj I (Gaserj) e viabiliza o início das operações dos sistemas de utilidades, principalmente da Unidade de Geração e Distribuição de Vapor. Esses sistemas garantirão o fornecimento das instalações e equipamentos necessários para a entrada em operação da UPGN, prevista para 2022. Além das unidades que estão entrando em fase de testes, já estão funcionando a estação de tratamento de água, as subestações responsáveis pela distribuição da energia elétrica para o empreendimento, o Centro Integrado de Controle (CIC), os sistemas de utilidades auxiliares e o ‘flare’ (equipamento que realiza a queima de gases residuais).

A UPGN integra o escopo do Projeto Rota 3, que envolve também o gasoduto (composto por trechos submarino e terrestre) e a infraestrutura para operação e controle e os sistemas de utilidades (vapor, água, ar-comprimido, força e outros). O projeto terá capacidade para escoar e processar 21 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural provenientes do polo pré-sal da Bacia de Santos. Juntos, o Rota 3 e as Rotas 1 (UPGN Caraguatatuba/SP) e 2 (Terminal Cabiúnas/RJ) – as duas últimas já em operação — disponibilizarão capacidade total para escoar 44 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Rio de Janeiro é responsável por 63% da produção de gás natural do país, e a parceria com a Petrobras no GasLub permitirá a implantação de um polo industrial atraente em Itaboraí

Para o ministro Bento Albuquerque, o Polo GasLub Itaboraí “trará maior a segurança energética para o Brasil, à medida que aumentará a capacidade de escoamento de gás do pré-sal brasileiro, possibilitando futuras reduções da nossa dependência externa de gás natural liquefeito”.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro destacou a importância do GasLub para o estado. “Gerar energia é a nossa vocação natural. O Rio de Janeiro é responsável por 63% da produção de gás natural do país, e a parceria com a Petrobras no GasLub permitirá a implantação de um polo industrial atraente em Itaboraí, incentivando o desenvolvimento de uma cadeia produtiva de materiais e equipamentos do setor. Seguimos trabalhando para consolidar o estado como principal ‘hub’ energético do Brasil e garantir uma economia mais sustentável, com geração de emprego e renda para a população fluminense”.

De acordo com o Plano Estratégico 2022-2026 da Petrobras, está em avaliação a integração dos ativos da Polo GasLub Itaboraí, com a refinaria Duque de Caxias (Reduc), para produção de óleos lubrificantes básicos e combustíveis, com investimento previsto de US$ 1,5 bilhão. Também está em estudos a construção de uma usina termelétrica no Polo GasLub.