EBSE, UMA DAS MAIS IMPORTANTES EMPRESAS DA AMÉRICA LATINA, QUER MUDANÇAS NO CONTEÚDO LOCAL PARA MELHOR APOIO ÀS EMPRESAS BRASILEIRAS

FONTE: Petronotícias

O nosso convidado para participar do Projeto Perspectivas 2022 é o jovem empresário Marcelo Bonilha, Presidente da EBSE, uma das mais antigas empresas brasileiras, referência em caldeiraria pesada na América Latina, que atua fornecendo, tubos,  equipamentos e serviços especiais para todas as indústrias pesadas brasileiras. Atuante no mercado, Bonilha, como é conhecido, acredita que neste ano os negócios serão melhores, principalmente nos setores de óleo e gás, energia, saneamento e papel e celulose. Ele defende pressa nas reformas tributária e administrativa, mas não acredita que elas possam seguir em frente por estarmos em um ano eleitoral. Defende mais abrangência na política de conteúdo nacional que está em prática no governo Bolsonaro e diz que “o governo precisa sair do muro e discutir uma política industrial que seja sustentável a médio e longo prazo para o nosso país.” Vamos saber, então, como foram os negócios para a EBSE em 2021 e quais são as suas perspectivas para este ano:

– Como foi o ano de 2021 para a EBSE?

Mesmo com a continuidade da pandemia podemos dizer que foi um bom ano, extremamente positivo. Nós entregamos equipamentos complexos para projetos muito importantes. Os separadores do FPSO de Búzios 5, por exemplo. Destaco também os equipamentos de tratamento d’água para o FPSO Sepetiba. Isso mostra que a EBSE tem uma liderança no mercado de fabricação de equipamentos offshore no Brasil. Outra coisa muito positiva foi consolidar a nossa unidade de serviço, com um destaque especial para o contrato de manutenção dos navios polares e navios de guerra da Marinha do Brasil. Para a EBSE, a unidade de serviços é fundamental para o seu planejamento estratégico na busca do crescimento sustentável da empresa.

 

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Também foi um ano de fortalecimento e consolidação da nossa parceria com a Schulz, na operação da fábrica que fica no norte fluminense, na cidade de Campos dos Goytacazes. Ela tem uma relevância muito grande para os empreendimentos que possuem tubulação com aços especiais e para esse ano de 2022 nossa expectativa é de fornecermos bastante para o  mercado de papel e celulose. Posso dizer que o ano de 2021 foi realmente promissor para a empresa. Os projetos que não foram realizados em 2021, já estão programados para este  ano. E isso nos traz uma boa perspectiva. 

– Que medidas o governo poderia tomar para melhorar o ambiente de negócios?

O Governo poderia ampliar a abrangência do conteúdo nacional para outros setores além do offshore, como: downstream, nuclear, energia e saneamento. Essa pandemia nos fez ver que somos muito dependentes da China para os produtos manufaturados. Não adianta o Governo fechar o olho e deixar que o mercado se regule da melhor forma. Falar que a indústria nacional não é competitiva é clichê. Como pode o aço já manufaturado da China ser mais barato que o aço bruto no Brasil? O Governo precisa discutir com os empresários uma política industrial que seja sustentável a médio e longo prazo. Isso salvaria e geraria muitos empregos.

As reformas tributária e administrativa ajudariam muito também na retomada do crescimento do país, porém infelizmente ficarão para o próximo ano, visto este ano ser ano eleitoral.

– E como estão as perspectivas de negócios para 2022?

 

Infelizmente em 2021 ainda sofremos o impacto da pandemia. Talvez por isso, uma série de projetos foram postergados. Porém, acredito que o ano de 2022 será um ano muito melhor, com muito mais negócios no mercado.

Diversos projetos offshores começaram no segundo semestre de 2021 e agora estão na fase de contratação dos serviços e equipamentos, além de outros projetos previstos de serem contratados nesse ano. Como a EBSE tem a liderança nacional nesse mercado, acredito que teremos muitos equipamentos para fabricarmos.

O mercado de saneamento começa a aquecer com a aprovação, no fim de 2020, do novo marco legal do saneamento. Existe a previsão de pelo menos 3 novos projetos no mercado de papel e celulose. Acredito também que existirão investimentos nas refinarias que foram privatizadas, pois a Petrobrás já não estava investindo nessas unidades, que precisam de muita manutenção.