FONTE: Brasil Energia

Mais de 70% do suprimento se dará por novos fornecedores, de acordo com Bahiagás

A Bahiagás assinou nove contratos de fornecimento de gás natural com oito empresas diferentes, incluindo a Petrobras, que teve início a partir do dia 01/01. De acordo com a companhia, mais de 70% do suprimento se dará por novos fornecedores.

Deste total, 26% são oriundos de produção onshore na Bahia – a aquisição de gás de campos baianos foi uma diretriz do governo estadual. Em junho, a empresa realizou chamada pública para compra de gás, vencida por Shell, Galp e Equinor. A chamada pública foi realizada de forma coordenada com a Algás e a PBGás.

Negociações bilaterais permitiram a comercialização do gás da PetroRecôncavo e da Origem com a distribuidora de gás, também com início em 2022.

A Petrobras, que também participou da chamada pública de junho, também assinou contrato de fornecimento, com a desistência da Compass, que até então estava entre as selecionadas, de acordo com a Bahiagás. A empresa também firmou contrato de fornecimento com mais duas empresas.

O secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus Cavalcanti, acredita que, a partir da assinatura dos contratos, o preço do gás pode se tornar mais competitivo e incentivar a economia do estado.

Já o diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza, afirmou que “temos o portfólio de aquisição de gás natural mais diversificado do país e estamos menos dependentes da Petrobras”.

A diversificação de suprimento de gás natural é vista como alternativa para queda de preços do gás natural pelo mercado, até então atendido pela Petrobras. A estatal reajustará os preços da molécula em pelo menos 50% a partir do próximo dia 01/01, o que tem gerado liminares de distribuidoras de gás, a fim de postergar os aumentos.

A Associação Brasileira de Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) também entrou com representação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que retorna às atividades em fevereiro.