FONTE: TN Petróleo

Estudos com horizonte até maio do próximo ano indicam que há sobras de potência

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico, Luiz Carlos Ciocchi, apresentou as perspectivas para o ano que vem. No horizonte até maio de 2022, a previsão é que o subsistema Sudeste/Centro-Oeste alcance 58% de armazenamento. Atualmente, o nível nesta região encontra-se em 20%. Para o Sistema Interligado Nacional (SIN), a expectativa de armazenamento é de 34% até o final deste mês. Os resultados atuais são reflexo do acompanhamento constante da situação e do grande percentual de assertividade das medidas operacionais adotadas ao longo deste ano.

Segundo Ciocchi, as projeções são boas e a experiência das ações, aplicadas em 2021, trazem mais eficiência e segurança para enfrentar o próximo ano.  Além disso, em outubro, já começou a estação chuvosa, dois meses antes do que no ano de 2020/2021. “Dependendo das chuvas, podemos ter um ano de 2022 com maior ou menor tranquilidade. Com o cenário de hoje, não vemos nenhuma possibilidade com relação a racionamento ou apagão causado por questões hídricas”, afirmou o diretor-geral do ONS. Ele explicou, ainda, que o Operador está mais bem preparado e há a expetativa de entrada no ano que vem de 10 mil MW de potência, além de mais 16 mil quilômetros de linhas de transmissão, aumentando a transferência de energia do Norte e do Nordeste para o Sudeste-Centro-Oeste.

Na avaliação do diretor-geral, o ONS superou um grande desafio em 2021 e manteve a segurança do SIN após implementação de um conjunto de mais de 35 ações, como a flexibilização de recursos hídricos, gerenciamento de demanda e aumento no limite de transmissão. As iniciativas contaram com a sinergia do setor elétrico, além de outros órgãos reguladores, ambientais, agentes e associações.  “Alguns podem dizer que foi sorte o resultado alcançado este ano, nós chamamos de competência técnica para exercer todas essas ações e termos tido sucesso”, afirmou.