BNDES contrata fundo de crédito de R$ 1,8 bilhão para pequenas e médias empresas
FONTE: TN Petróleo
Com o BizCapital Finpass PME, já somam R$ 2,15 bilhões os aportes do BNDES em seis FIDCs na Chamada Pública para Fundos de Crédito para MPMEs
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou mais um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) a ser investido no âmbito da Chamada Pública para Fundos de Crédito para MPMEs. O FIDC BizCapital Finpass PME receberá do BNDES aporte de R$ 345 milhões, por meio da subscrição de cotas. O fundo, que também contará com o aporte das estruturadoras e cogestoras Empírica e Gauss Capital, além de terceiros, totalizará um capital de R$ 407 milhões. A iniciativa vai permitir a disponibilização de crédito para empreendedores de pequeno e médio portes com faturamento anual acima de R$ 5 milhões.
O FIDC BizCapital Finpass PME investirá em direitos creditórios decorrentes de operações de crédito realizadas por meio das fintechs BizCapital e Finpass, cujos devedores serão pequenas e médias empresas dos mais variados setores, com foco em dois segmentos prioritários: pequenos varejistas e prestadores de serviços para pequenas empresas. Durante os seis anos de operação do fundo, deverão ser beneficiadas mais de 7,4 mil empresas, por empréstimos que poderão somar R$ 1,8 bilhão, considerando que, nos primeiros 54 meses do fundo, os recursos pagos pelos devedores poderão ser utilizados para conceder novos empréstimos. O ticket médio esperado é de R$ 250 mil, o prazo dos empréstimos, de 24 meses e o custo ao cliente final, de 2,83% ao mês.
A BizCapital é um sistema de soluções financeiras para as PMEs brasileiras, incluindo crédito, conta PJ e educação para gestão. Já a Finpass é um shopping digital de crédito que utiliza algoritmos de matching para que as empresas recebam de forma automática múltiplas propostas de financiamentos.
Segundo o Diretor de Mercado de Capitais e Crédito Indireto do BNDES, Bruno Laskowsky, “os FIDCs da Chamada Pública lançada pelo BNDES têm por objetivo promover o acesso a crédito para uma base importante de clientes no segmento de MPMEs, aumentando a capilaridade de sua atuação por meio de parcerias com Fintechs e contribuindo de forma importante para ampliação das fontes de crédito do mercado”.
“A Empírica possui mais de 50 fundos e gere mais de R$ 5 bilhões dedicados ao crédito estruturado. A expertise destas quatro casas, somada ao apoio do BNDES, faz com que o FIDC BizCapital Finpass PME chegue ao mercado como um produto que, além de trazer segurança e retorno atrativo para os investidores, também agregue para a sociedade e economia brasileira – alcançando e, mais do que isso, ajudando, milhares de empresas no momento em que mais precisam”, afirma Giuliano Longo, Sócio e Chief Growth Officer da Empírica.
No âmbito da chamada, com o FIDC BizCapital Finpass PME já são seis fundos de crédito que poderão receber até R$ 2,15 bilhões em aportes do BNDES, disponibilizando mais de R$ 2,69 bilhões em créditos a MPMEs. Ao todo, estima-se entre 500 mil e 800 mil autônomos, micro e pequenos empresários e autônomos poderão obter crédito mais barato e acessível. Com a chamada pública, o BNDES estima alcançar em torno de 550 mil empresas, com financiamentos por meio de maquininhas, marketplace ou via fintech, mesmo que o empreendedor não seja bancarizado.
“O projeto é uma grande oportunidade para nós e demais parceiros contribuirmos dentro de nossas áreas de atuação com a sociedade em um momento tão sensível de retomada pós pandemia. Em nossa visão, existe um grande gargalo na oferta de crédito para PMEs, limitando o acesso e elevando o preço para uma parcela relevante do PIB brasileiro. Queremos ser parte da solução para a queda dos spreads e o FIDC BizCapital Finpass PME é mais um passo nesse caminho” explica Fabio Okumura, sócio fundador da Gauss.
A expansão do crédito por meio de canais alternativos é uma tendência mundial e está alinhada ao propósito social do BNDES. O banco pode ter uma participação de até 90% do capital de cada fundo, observado o limite de R$ 500 milhões de cada e os recursos devem ser aplicados em negócios no Brasil.