Enauta prevê perfuração em Sergipe-Alagoas ainda no 4T21
FONTE: Brasil Energia
Integrante do consórcio liderado pela ExxonMobil no SEAL–M-428, companhia brasileira afirma que o início da perfuração do primeiro poço exploratório deve ocorrer em breve
O consórcio formado pela ExxonMobil (50%), Enauta (30%) e Murphy (20%) deve perfurar o primeiro poço no prospecto Cutthroat, na Bacia de Sergipe-Alagoas, ainda no 4T21, informou a empresa brasileira na quarta-feira (10/11). A Enauta investirá US$ 8 milhões nesse poço.
O prospecto a ser perfurado no bloco SEAL-M-428 se estende ao bloco SEAL-M-351, que tem as mesmas empresas como concessionárias. A perfuração será executada pela sonda West Saturn, da Seadrill, que está operando em Titã, na Bacia de Sampos, onde a Exxon encontrou indícios de hidrocarbonetos no poço pioneiro.
Já em Atlanta, na Bacia de Santos, ativo onde opera com 100%, a Enauta prevê a retomada da atividade do terceiro poço no 1T22. Em agosto, a companhia assinou um Memorando de Entendimento com a Yinson para a negociação direta e exclusiva dos contratos de fornecimento do FPSO para o Sistema Definitivo (SD) do ativo. O bid do SD de Atlanta foi lançado ao mercado em março deste ano.
A empresa também está buscando uma sonda para perfurar o quarto poço do sistema antecipado de produção naquela área. A expectativa é que a unidade entre em operação em 2022, ano em que a companhia estima investimentos de US$ 96 milhões em Atlanta, destinados aos sistemas submarinos e de perfuração dos novos poços do SD.
Resultados
O lucro líquido da Enauta no 3T21 foi de R$ 134 milhões, o que representa um aumento de 351,7% em comparação com o terceiro trimestre de 2020, mas uma redução de 79% em comparação com o lucro líquido recorde do segundo trimestre de 2021, que foi de R$ 635,7 milhões. O resultado foi publicado na quarta-feira (10/11).
No 3T21, a receita líquida da companhia, corresponde à R$ 588,3 milhões, foi 162% maior em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Em comparação com o 2T21 (R$ 349,4 milhões), houve aumento de 68%. A empresa obteve um caixa de R$ 2,4 bilhões, com produção média diária de 21,7 mil boe durante o período.
Ativos
Em fase de produção, a Enauta opera o campo de Atlanta, na Bacia de Santos, com 100% de participação, e é concessionária no campo de Manati, na Bacia de Camamu-Almada, com 45% de participação. Essa parcela foi vendida à Gas Bridge no ano passado, o que depende de aval regulatório.
Em fase de exploração, a companhia tem participação em 20 blocos exploratórios nas bacias de Foz do Amazonas (FZA-M-90), Pará-Maranhão (PAMA-M-265 e 337), Sergipe-Alagoas (SEAL-M-351, 428, 430, 501, 503, 505, 573, 575 e 673), Camamu-Almada (CAL-M-372), Espírito Santo (ES-M-598 e 673) e Paraná (PAR-T-86, 99, 196 e 215).