Chilena CMPC está próxima de comprar Carta Fabril
FONTE: Valor Econômico
O valor do negócio é da ordem de R$ 1,1 bilhão
A companhia chilena CMPC está em tratativas finais para a compra da empresa Carta Fabril. O valor do negócio é da ordem de R$ 1,1 bilhão, apurou o Valor. O negócio está para ser anunciado nas próximas horas.
Fundada há 40 anos pela família Coutinho, a empresa de papel tissue (para uso sanitário) tem duas fábricas no Rio de Janeiro e Goiás, com capacidade de produzir 100 mil toneladas por ano.
A aquisição ocorre meses depois de a companhia da família Coutinho fazer tentativa de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês). A empresa passou então a ser sondada por investidores estratégicos, segundo uma fonte a par do assunto. A expectativa é de que a Carta Fabril encerre este ano com faturamento de R$ 1 bilhão.
Um dos maiores grupos da América Latina, a chilena CMPC tem crescido por aquisições no Brasil. Em 2019, a empresa comprou a paranaense Sepac, por R$ 1,3 bilhão. Dez anos antes, a multinacional já havia feito uma compra de peso no país: a Melhoramentos. O grupo chileno, por meio de sua subsidiária, tem capacidade de produção de 380 mil toneladas por ano no país.
O BTG Pactual e Cescon Barrieu Advogados assessoraram a Carta Fabril no negócio — o banco Safra e Machado Meyer representaram a CMPC.
O setor de papel e celulose vem passando por um forte movimento de consolidação no país nos últimos anos. No início de 2020, os grupos japoneses Daio Paper e Marubeni compraram a empresa de papel Santher, dona das marcas Personal e Snob, por R$ 2,3 bilhões.