Eneva compra o projeto de construção da TEPOR e tem interesse em investir na termoelétrica da cidade
FONTE: Click Petróleo & Gás
Eneva está negociando Porto em Macaé. Cidade tem posicionamento estratégico e deve ganhar grande investimento
Eneva, um dos líderes e referência do mercado nacional de transformação de petróleo e gás em energia, comprou o Terminal Portuário de Macaé (TEPOR). O ativo necessita de investimentos que superam facilmente a casa de R$ 1 bilhão. Se trata de mais um grande salto da Eneva, permitindo que a companhia finalmente desenvolva uma termoelétrica na costa. Informação foi divulgada pelo Brazil Journal.
O projeto vai de encontro com o que disse o CEO, Pedro Zinner, que pretende desenvolver um hub de gás com infraestrutura associada, terminal e um terminal de regaseificação de gás natural liquefeito, o GNL. O anuncio do investimento vem em um momento de crise hídrica no Brasil, onde as térmicas de base se fazem ainda mais necessárias, aquelas que estão disponíveis 24 horas por dia.
Eneva busca facilitar a logística de distribuição
Atualmente, o gás da Eneva é o chamado ‘gas to wire’, consistindo do uso de gás extraído no Amazonas e Maranhão para a alimentação térmicas na conhecida ‘boca do poço’ e, logo em seguida, escoar a energia elétrica gerada para todo o país. Contudo, visando o uso do gás importado ou até mesmo o gás do pré-sal, a Eneva desenvolveu a chamada ‘gas to power’, criando a logística de recebimento de gás na costa e a construção de térmicas.
A localização de Macaé é estratégica para a Eneva. O local possui a capacidade de ter acesso ao gás importado e até mesmo ao gás do pré-sal, que é bem mais competitivo se comparado ao importado.
O Terminal Portuário de Macaé, TEPOR, já possui as licenças ambientais. O local deve ter um terminal de líquidos e também apoio offshore, além de outro terminal para a movimentação de petróleo. O projeto também prevê dois berços de atracação, tendo a capacidade de movimentar até 2 milhões de barris de petróleo diariamente.
A Eneva era deficitária de gás por muitos anos, situação que gera dificuldades para o cumprimento dos contratos. Porém, a empresa batalhou e passou a viver em uma posição superavitária. A construção de térmicas na costa, na cidade de Macaé, deve facilitar a comercialização do excedente.