Equatorial em Alagoas

FONTE: Valor Econômico

O serviço de saneamento amapaense atende 800 mil consumidores e, segundo o banco, o leilão tem necessidade de investimentos estimados em R$ 3 bilhões

Os analistas do Bank of America (BofA) veem a Equatorial Energia como um dos principais concorrentes no leilão dos serviços de saneamento do Amapá, previsto para quinta-feira.

Segundo eles, as notícias locais dão como prováveis concorrentes empresas privadas de água, empresas de infraestrutura, fundos de investimento e a companhia de energia. Em junho, executivos afirmaram que a companhia tinha interesse em participar do leilão.

O serviço de saneamento amapaense atende 800 mil consumidores e, segundo o banco, o leilão tem necessidade de investimentos estimados em R$ 3 bilhões.

“Estimamos um potencial de VPL [valor presente líquido] de R$ 800 milhões em nosso cenário-base, mas a concorrência poderia reduzir o valor ao gerar altas taxas de concessão”, avalia o relatório assinado pelos analistas Arthur Pereira, Gustavo Faria e Murilo Freiberger.

Eles observam que, com base nos editais de licitação, o projeto teria uma taxa interna de retorno real (TIR) de 8,2%, estando desalavancada, e VPL de R$ 400 milhões. “Vemos espaço para superação em relação às estimativas iniciais das autoridades”, dizem.

Sobre o leilão, os analistas do BofA reiteram que, de acordo com os termos, os concorrentes irão licitar pelo ativo oferecendo um desconto nas tarifas, limitado a 20%, e uma outorga de concessão adicional em cima do mínimo de R$ 50 milhões estabelecido para o leilão. O montante deverá ser desembolsado como investimento adicional no estado nos próximos 13 anos.

Pereira, Faria e Freiberger chamam a atenção para o cenário de ”competição feroz”, mas com oportunidades. “O apetite de crescimento por projetos de saneamento tem gerado uma competição acirrada nos leilões recentes, dadas as escassas oportunidades no passado”, avaliam.

O BofA tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 28 por ação ordinária da Equatorial. Hoje, os papéis caem mais de 1%, negociados a R$ 25.