Grupo Indorama compra Oxiteno por US$ 1,3 bilhão

FONTE: Valor Econômico

Empresa é um das maiores de especialidades químicas do país, com atuação na América do Sul, México e Estados Unidos

O grupo Indorama Ventures comprou a empresa química Oxiteno, do grupo Ultra, por US$ 1,3 bilhão — a primeira parcela será de US$ 1,15 bilhão e a restante após um ano do fechamento de negócios.

A Oxiteno é um das maiores empresas de especialidades químicas do país, com atuação na América do Sul, México e Estados Unidos.

A venda desse negócio faz parte do plano do conglomerado Ultrapar, dono da rede de postos Ipiranga, Ultragaz e Ultracargo, para se dedicar ao setor de óleo e gás. A decisão do Ultra para a venda da Oxiteno já tinha sido tomada nos últimos meses. A pandemia atrasou um pouco esse processo, que ganhou tração neste ano. O Ultra foi assessorado pelo Bank of America (BofA) para a venda da Oxiteno.

O grupo está em negociações com a Petrobras para a compra da refinaria Alberto Pasqualini, no sul do país.

A dona da rede de postos Ipiranga também tem forte interesse em entrar no mercado de gás natural e avalia fazer aquisições para avançar nesse segmento.

Neste ano, o conglomerado vendeu a rede de farmácias Extrafarma para o grupo Pague Menos, por R$ 700 milhões.

O conglomerado, que tem registrado resultados fracos, trouxe para o conselho de administração o executivo Marcos Lutz, que veio da concorrente Cosan, sócia da Raízen.

No segundo trimestre, a rede Ipiranga – principal negócio do grupo em faturamento – reportou resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 421,8 milhões no intervalo. Mas, excluindo R$ 97 milhões em créditos tributários e R$ 32 milhões da venda de ativos, escreveram os analistas do BTG Pactual, o número cai a R$ 293 milhões, 44% abaixo do esperado e resultando em margem de R$ 52 por metro cúbico, uma das mais baixas da história.

Para efeito de comparação, a margem da BR Distribuidora foi de R$ 100 por metro cúbico no trimestre e a da Raízen, joint venture entre Shell e Cosan, ficou em R$ 84 por metro cúbico, considerando-se a operação brasileira.