Bahia fica de fora de obras ferroviárias
FONTE: atarde.uol.com.br
Causou surpresa aos baianos e investidores na mineração a ausência do maior Estado nordestino entre as prioridades de execução do Programa de Autorizações Ferroviárias, por parte do Ministério da Infraestrutura.
Ao determinar o início dos trabalhos, o ministro Tarcísio de Freitas determinou a elaboração de minutas de regulamentos para estudos de seis trechos ferroviários, somando R$ 31 bilhões, nenhum deles com impacto direto no território baiano.
A região sudeste tem o maior número de projetos contemplados, produzindo a sensação de a agenda de obras ampliar a força de quem já detém maiores benefícios, aumentando a desigualdade em um país já tão perturbado pela falta de infraestrutura.
Entre os trechos contemplados pelo programa, estão os de São Mateus, no Espírito Santo, a Sete Lagoas, de Minas Gerais; Açu, no Rio de Janeiro, a Anchieta, também em território capixaba, além de outros passando por Pirapora, em Minas e Foz do Iguaçu, Paraná.
– A Bahia não pode continuar sendo esquecida, sugere o presidente da Companhia Bahiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, a título de contribuição para as próximas escolhas do Ministério da Infraestrutura.
Para Tramm, é preciso olhar para a Ferrovia Centro-Atlântica, com seus trechos sucateados, e total ausência de projeto de investimentos, enquanto a concessionária VLI articula a renovação antecipada da sua outorga.
Segundo o presidente da CBPM, o abandono pode ser demonstrado pela desativação total dos trechos de Senhor do Bonfim-Juazeiro/Petrolina, Esplanada-Propriá, Mapele-Calçada, e parcial no Porto de Aratu, somando uma perda de mais de 620 quilômetros.